Vamos inovar os métodos de ensino para despertar o interesse dos alunos

Professores novatos e os de longa estrada encontrarão preciosas dicas de ensino para melhorar a qualidade de suas aulas e a participação dos alunos, transformando-os em questionadores e formadores de opinião.

O objetivo é trocar experiências, conteúdos, críticas e sugestões, de modo que os profissionais de ensino fiquem por dentro de como se inicia uma aula incentivadora, sem dar espaço a métodos ultrapassados

Aprender por aprender e não somente aprender por causa de avaliação.
A informação é a melhor arma que enriquece o conhecimento
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Professor x Aluno

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Eis a lista abaixo dos assuntos já publicados a respeito da relação Professor x Aluno:

1 - Protesto contra o mau ensino brasileiro:
http://aulas100.blogspot.com/2011/06/protesto-contra-o-mau-ensino.html

2 - O que o aluno pode fazer quando não entende a aula do professor:
http://aulas100.blogspot.com/2011/11/o-que-o-aluno-pode-fazer-quando-nao.html

3 - O professor de hoje e o de ontem:
http://espadoca.blogspot.com.br/2012/10/o-professor-de-hoje-e-o-de-ontem.html

4 - Por que tenho que aprender isso?
http://aulaplan.blogspot.com.br/2013/01/por-que-tenho-que-aprender-isso.html

5 - A importância do uso da introdução motivacional em qualquer assunto escolar
http://espadoca.blogspot.com/2019/10/a-importancia-da-introducao-motivacional.html
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Como iniciar a primeira aula de Física (apresentação em texto)



No primeiro dia do ano letivo, o professor de Física entra na sala de aula, cumprimenta a turma com "bom dia", "boa tarde" ou "boa noite", dependendo do turno, e depois inicia um assunto que foi previamente preparado. Como, então, o assunto é iniciado?

Se o professor utiliza métodos ultrapassados, sem criatividade, vai introduzir o assunto do dia com definições, conceitos, escrevendo uma pilha de fórmulas no quadro e, em seguida, pede à turma que abra a página do livro para a realização dos exercícios. No final, a maioria dos alunos resmunga que não entendeu a matéria. Pronto! A dificuldade se acumula e o desinteresse se estabelece. Nas outras disciplinas acontece a mesma situação.

Por outro lado, se o professor aplica métodos inovados, causando impactos de caráter benéfico, a turma consegue entender o objetivo da aula. Para isso, eis o recurso que funciona: a motivação.

Como, então, chamar a atenção da turma no primeiro dia de aula de Física?

Realize um bate-papo como introdução. Diga à turma que, sem a Física, invenções engenhosas como TV, celular, computador, automóvel, e até os mais simples atos - levar comida à boca ou escrever - todos seriam impossíveis de fazer parte da nossa vida. Nem a medicina existiria. Portanto, convença os alunos que a Física contribuiu para o ingresso da internet no lar, por exemplo.

Em tudo entra a Física. Toda a vida social depende de uma tecnologia que nasce da ciência. A tecnologia é a aplicação prática do conhecimento para uso humano, sendo utilitária.

Descobre-se um esqueleto num local que guarda documentos de antigas civilizações. De que época será? O método do carbono radiativo permite conhecer a ocasião da morte do animal e, dessa forma, reúnem-se meios para uma datação histórica. É a Física na História.

A origem da Terra pode ser determinada quando se estuda numa rocha uranífera a relação entre o chumbo Pb-206 e o urânio U-238. É a Física na Cosmogonia. Também a origem das diversas rochas pode ser determinada por processos radiativos. É a Física na Geologia.

Luigi Galvani, em 1780, com suas experiências sobre eletricidade animal, tornou-se pioneiro do que hoje constitui a Biofísica.

Lee De Forest, quando em 1906 inventou o áudion, válvula primitiva, iniciou a Eletrônica.

Enrico Fermi, com seu primeiro reator de 1942, deu origem à Engenharia Nuclear.

Além disso, a Física está intimamente ligada à Astronáutica e à Astronomia, visto que intervém tanto na construção de naves espaciais como no estudo de tudo o que ocorre nos satélites, planetas, estrelas e sistemas estelares, nebulosas e galáxias inteiras.

Nos tempos em que a Grécia era o berço da civilização, a classificação das ciências era muito mais simples, e physikos era a filosofia natural, o estudo da natureza.

Mais tarde, o termo Física passou a corresponder a um campo restrito - aos fenômenos em que a espécie da substância dos corpos não se altera. Por exemplo, na evaporação da água que continua a ser água; ou quando uma chapa de ferro sofre deformação, mas não deixará de ser ferro.

Em contraposição, denominou-se Química, a ciência dos fenômenos em que ocorrem mudanças na espécie das substâncias. Por exemplo, na eletrólise da água que se decompõe em oxigênio e hidrogênio; ou na queima de combustíveis que resulta em gás carbônico e água.

É importante debater algumas dessas diferenças entre Física e Química para deixar a turma mais esclarecida.

O cientista não se preocupa apenas em estudar e registrar os diferentes fenômenos: procura também suas causas. Dizer, por exemplo, que a água aquecida acaba fervendo é uma afirmação exata, porém vaga e indeterminada. Este é apenas um conhecimento empírico, ou seja, fundamentado na prática, mas sem qualquer base teórica ou científica.

A Física procura saber por que a água ferve e qual a temperatura certa que a faz entrar em ebulição. E vai além: busca a razão pela qual os líquidos fervem; quer saber por que cada um deles tem um ponto de ebulição, fervendo sempre a uma determinada temperatura; procura descobrir por que esta temperatura muda quando o líquido contém em solução outras substâncias, ou quando a pressão do ambiente é modificada.

A maior parte das leis da Física tem muito a ver com nossa vida cotidiana: quase todas as coisas que fazemos dependem delas. Por que razão as coisas se movem? Para responder a esta pergunta, você se lembrará logo da palavra FORÇA e a ela associará o conceito de MOVIMENTO. Está certo, porque é a força que constitui a razão da mudança de velocidade dos seres.

O atrito e a resistência do ar podem ser úteis ou prejudiciais? Depende da situação. Ambos atuam na oposição ao movimento do veículo.

Se você costuma andar de bicicleta, conhece, por experiência própria, a resistência do ar. É como se fosse um corpo concreto que se opõe ao seu avanço, torna-se um obstáculo; e quanto maior a velocidade, mais essa resistência se fará sentir.

Será a resistência do ar um inconveniente? Não, pois graças a ela, as gotas de chuva, por exemplo, chegam ao solo com velocidades moderadas; se, durante a queda, essas gotas não fossem freadas pela resistência do ar, cairiam ao solo com uma velocidade tal que poderiam perfurar uma chapa de aço de 1mm de espessura.

Em relação ao atrito, ele pode ser prejudicial para as máquinas, pois representa um obstáculo à sua marcha e absorve, assim, grande parte da potência desenvolvida. Por isso, os serviços de manutenção recomendam a aplicação de lubrificantes nas peças que diminuem a fricção.

Mas, ao lado de tais inconvenientes, o atrito é imprescindível à nossa vida. Sem ele, não poderíamos dar um passo, nem mesmo realizar o menor movimento. Faltando o atrito entre os pés e o chão, logo cairíamos (como escorregamos numa poça de óleo cuja viscosidade elimina o atrito); os veículos não poderiam mover-se, pois as rodas girariam em falso, sem estabilidade, e também os freios não funcionariam.

Portanto, a Física trata do conjunto dos fenômenos naturais, mesmo daqueles em que a matéria sofre modificações. Compreende a Mecânica (estudo dos movimentos dos corpos e das forças que os provocam), a Acústica (fenômenos do som), a Óptica (fenômenos da luz), a Termodinâmica (fenômeno do calor), o Eletromagnetismo (fenômenos elétricos e magnéticos) e a Hidrostática (estudo do comportamento dos fluidos).

Para finalizar, caso algum aluno perguntar para que serve o ensino de Física na escola, simplesmente responda que a disciplina faz parte do currículo pedagógico da educação brasileira e ele, o aluno, gostando ou não, terá que aprender, pois é indicador de aprovação e possui conteúdos que servem de ferramentas para avaliação em vestibulares.
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