Vamos inovar os métodos de ensino para despertar o interesse dos alunos

Professores novatos e os de longa estrada encontrarão preciosas dicas de ensino para melhorar a qualidade de suas aulas e a participação dos alunos, transformando-os em questionadores e formadores de opinião.

O objetivo é trocar experiências, conteúdos, críticas e sugestões, de modo que os profissionais de ensino fiquem por dentro de como se inicia uma aula incentivadora, sem dar espaço a métodos ultrapassados

Aprender por aprender e não somente aprender por causa de avaliação.

Sobre o Espadoca

segunda-feira, 28 de março de 2011

espadoca

Olá a todos, sejam bem-vindos!

Meu nome é Marcos Vinicius Cavalcante, professor de Ciências Física, Química e Biológica, elaborador de textos e de vídeos didáticos.

Sempre fui grande admirador do ensino escolar, o que me fez elaborar o ESPADOCA - Espaço Docente Aprendiz - para divulgar formas de como o professor pode iniciar aulas incentivadoras e atrair atenção do aluno constantemente.

Pesquiso informações, seleciono, desenvolvo textos e publico com o objetivo de transformar o ESPADOCA num dos espaços educativos que podem salvar o ensino.

Aprendi bons métodos de transmissão de conteúdos com os melhores professores da minha época escolar e universitária, e pouco a pouco foram desenvolvidos através da prática constante de atividade do magistério, com erros, acertos e superações, na finalidade de despertar o interesse dos estudantes para que usem mais o raciocínio do que a viciante e ilusória decoreba, uma atividade mecanizada que prejudica muito o aprendizado.

Todas as atividades poderão ser lidas nas minhas postagens, cada uma ligada à respectiva disciplina, divulgadas periodicamente, explicando dicas que podem fazer a diferença a cada aula executada.


EM QUE CONSISTE

O método consiste no uso de táticas de motivação de duas maneiras:

1) Com perguntas de motivação, situações do cotidiano vistas em jornais, revistas e nas ruas para a introdução de um determinado assunto escolar, como se fosse um bate papo informal para descontrair a turma e atrai-lo à atenção, desde que tenha relação com o capítulo planejado.

2) Uso de cartazes, apresentação de filmes de estilo documentário, experimentos de laboratório (no caso de Ciências Físicas, Químicas e Biológicas) podendo ser feitos na própria sala de aula.

Para conhecer profundamente o processo de aplicação das duas modalidades acima, acesse no menu COMO FUNCIONA ou clique em http://espadoca.blogspot.com/2011/03/como-funciona.html

FIQUE ATENTO

Por experiência em recursos audiovisuais, o uso de filmes hollywoodianos, em complemento aos assuntos escolares, não prendem por muito tempo a atenção da turma por causarem sonolência e conversinhas fora do contexto da aula, e não há como pausar várias vezes para fazer perguntas sobre os trechos principais do filme. O ideal é abusar de vídeos na forma de documentários porque o próprio narrador já faz o papel de informar mais claramente o assunto, além da vantagem de se identificarem facilmente as ideias centrais, inclusive fazer várias pausas para perguntas.

Por exemplo, eu gosto muito de um video de documentário narrando a hipótese da evolução humana que pode ser conferido em http://www.youtube.com/watch?v=4X2GLDPA82A

COMO NASCEU O ESPADOCA

Destaco 3 acontecimentos marcantes que serviram de receita para a criação do Espaço Docente Aprendiz:

1) Abolir a estratégia ultrapassada

Na minha época de professor iniciante, alunos questionavam por que tinham que estudar isso ou aquilo. Qual professor nunca ouviu, de pelo menos um aluno, inúmeros questionamentos semelhantes a esses abaixo?

"Por que eu preciso saber as 3 partes do corpo humano?"
"O que uma equação de primeiro grau pode interferir na minha vida?"
"Pra que aprender reações químicas se o meu objetivo é ser bancário?"
"Saber Inglês é necessário na minha profissão?"
"Em que setor da minha futura carreira vou utilizar a fórmula da velocidade média?

Existe alguma resposta mais convincente para “matar” a dúvida do aluno?

Se um deles me fizesse perguntas como essas acima, eu responderia: "Sim, senhor, meu jovem (ou minha jovem), você precisa dominar a grande maioria dos conteúdos porque, após o término da sua vida escolar, você fará provas de vestibulares e de concursos públicos que abordam questões de tudo que foi aprendido em sala de aula. A disputa de vagas é enorme. Logo, terá que mostrar ao seu concorrente que você sabe, por exemplo, calcular a intensidade de uma corrente elétrica que percorre através dos fios dos aparelhos da sua casa. Hoje, você pode estar pensando em seguir Engenharia, mas amanhã o seu foco poderá ser nas áreas humanas ou na saúde. Portanto, é melhor se garantir, tendo conhecimento básico em todas as disciplinas. Riqueza de conhecimentos não faz mal à saúde. É melhor aprender por aprender, estar preparado precocemente para não haver desespero e preocupação durante as proximidades de épocas de prova."

Depois dessa minha desenvoltura para convencê-lo da importância do estudo, pensei que ele fosse esboçar alguma reação adversa diante da minha resposta, ainda mais que cada aluno pensa e age de uma forma. Entretanto, o silêncio o dominou.

O aluno questiona por que tem que aprender um determinado assunto, carregando hábitos viciosos sem sentido, por toda a vida escolar, muitas vezes como desculpa para não se esforçar nos estudos. E o professor, por falta de interesse ou inexperiência em início de carreira, não sabe responder adequadamente a essas das muitas perguntas citadas acima. E para completar, alguns pais apoiam esse tipo de pensamento errado dos filhos. Consequentemente, ele, o estudante, terá dificuldade de ver a relação do que aprende com seu dia a dia.

Na época, eu não conseguia saber por que as minhas aulas não despertavam interesse dos estudantes que influenciaram no desenvolvimento de métodos de transmissão de conhecimentos.

Com o tempo, percebi que precisava injetar mais gás nas minhas apresentações com uso de slides, por exemplo, já que a área biológica exige indispensavelmente o uso frequente de ilustrações.

Antes, todas as minhas aulas seguiam a mesma rotina: definição e explicação de um fenômeno X, com esquemas simples feitos a giz na lousa ou a caneta em quadro branco e, por fim, exercícios nos livros. E era assim em todas as aulas. Entediante, não? E hoje, uso inúmeras opções de motivação, desde um simples experimento de laboratório, podendo ser feito em sala de aula até sessões de documentários. Para saber mais, veja em COMO FUNCIONA

2) Uso de vídeos

Escolhi um vídeo para complementar uma aula sobre temas ecológicos. Na mesma hora, uma pequena sessão de cinema estava sendo realizada em outra sala, do projeto chamado Sessão Pipoca. Quase na metade da exibição do meu vídeo, repentinamente grande parte da turma que estava na outra sala se concentrou na minha porta e me pediu se podia entrar. Um dos alunos, como se fosse representante, me contou que o filme era muito chato e todos não entendiam nada. No final da exibição, todos saíram satisfeitos porque tinham gostado dos 10 maiores predadores do planeta, de estilo documentário.

Conclusão:
Filmes de cinema é apenas diversão, enquanto os de documentários, para fins instrutivos, prendem mais a atenção.

3) Inspiração numa professora universitária

Logo no primeiro período da faculdade, achei interessante a maneira como uma professora de filosofia lecionava uma disciplina que envolvia métodos científicos. Na maioria das aulas, ela utilizava muitos artigos de jornais e revistas e cobrava da turma constante interpretação de texto. Ela disponibilizava várias revistas num canto da sala, pedia que formassem duplas e cada uma escolhesse um exemplar para selecionar assuntos relacionados à teoria do conteúdo de aula anterior. Em seguida, ela pedia a cada dupla que preparasse uma apresentação como avaliação para averiguar se cada assunto correspondia ao que foi explicado.

Outra particularidade era a distribuição de textos à turma e ela solicitava um voluntário que fizesse a leitura em frente a todos e pedia que cada estudante sublinhasse a palavra que estivesse dentro do tema. Alguns reclamavam do procedimento, já que possuíam base deficiente, o bastante para não ter apreço por leitura e nem hábito de lidar com questões mais complexas. E, infelizmente, isso sempre se repete de geração em geração.

Muitos universitários ingressam na faculdade e saem diplomados com preocupantes falhas de aprendizagem. Muitos alunos não sabem fazer pesquisas em livros, jornais, revistas, até mesmo na própria internet, muito menos formar palavras a partir de outras. É a característica típica de um candidato a analfabeto funcional que lê somente textos curtos sem conseguir interpretá-los e não usam a escrita de forma correta. Preocupam-se apenas em tirar notas boas, mesmo que para isso tenham de colar ou decorar a matéria, sem noção do que exatamente aprenderam, a ponto de o cérebro se transformar numa panela de pressão na iminência de se explodir.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

De nada servem tecnologias sofisticadas se não houver um planejamento bem organizado. A capacidade do professor de se colocar na posição do aluno é um dos fatores que torna o trabalho mais significativo. Isso quer dizer que quando o estudante não consegue entender um assunto abordado em sala, o professor precisa se virar e pensar rapidamente em outra estratégia, de fazer aquele conteúdo ficar mais interessante e esclarecido.

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